A arquitetura no Brasil tem suas raízes no período colonial, quando os portugueses chegaram ao país. Com a vinda da família real, fugida de Napoleão, foram construídas vilas e cidades com organização caótica e sem muita ventilação, com características que variavam, como o espaçamento entre janelas e portas.
Um aspecto determinante no urbanismo colonial era a implantação de igrejas e conventos, que muitas vezes eram acompanhados pela criação de praças e malha de ruas de acesso, organizando o espaço urbano. A arquitetura colonial expressava também a diferença entre as classes sociais, como as eiras, que compunham as casas das famílias ricas e que cumpriam uma função social.
Ao longo dos séculos, diferentes estilos arquitetônicos se desenvolveram no Brasil, como o renascentista, maneirista, barroco, rococó e neoclássico, cujo legado é atestado pelos conjuntos e monumentos declarados Patrimônio Mundial pela UNESCO.
No século XX, a arquitetura moderna influenciada por Le Corbusier, com características funcionalistas, revolucionou a cultura arquitetônica mundial. Oscar Niemeyer, considerado uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna, foi o responsável por projetos icônicos, como os edifícios cívicos de Brasília e a sede das Nações Unidas em Nova Iorque. Sua exploração das possibilidades construtivas do concreto armado foi altamente influente na época, e ele foi elogiado e criticado por ser um “escultor de monumentos”. Niemeyer alegou que sua arquitetura foi fortemente influenciada por Le Corbusier, mas que ele seguiu em uma direção diferente.
Os famosos cinco pontos de Le Corbusier são estudados até hoje nas faculdades de arquitetura.
- Planta livre;
- Fachada livre;
- Base com pilotis;
- Terraço jardim;
- Janela em fita.
Oscar Niemeyer
A Pampulha, em Belo Horizonte, ofereceu a Niemeyer a oportunidade de desafiar a monotonia da arquitetura contemporânea e contrariar os dogmas de forma e função que surgiram, contrariando a liberdade de plástico que o concreto permitia. A experiência também permitiu as primeiras colaborações entre Niemeyer e Roberto Burle Marx, considerado o mais importante paisagista brasileiro do século XX.