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Enem 2019 – Isabella Campolina 20 anos | Sete Lagoas – MG

Democratização do acesso ao cinema no Brasil

Em meados do século XX, durante o período da Segunda Guerra Mundial, foi desenvolvida a internet. A princípio, tal ferramenta tinha como objetivo facilitar a comunicação bélica e, por isso, era restrita a um determinado grupo de pessoas. Entretanto, após o término da guerra a internet foi difundida e alcançou novos públicos. Além disso, foram atribuídas novas funções à ferramenta que contribuíram para sua popularização. Atualmente, a tecnologia virtual faz parte da vida da maior parte da população brasileira, seja para lazer, seja para trabalho. Contudo, embora a internet ofereça acesso a todo tipo de conteúdo, ela se vale de mecanismos de controle de dados que manipulam a disposição das informações. Dessa maneira, em razão do Capitalismo e do ensino tradicionalista, a manipulação do comportamento do usuário pelo controle de dados da internet torna-se evidente e problemático.

Em primeiro plano, o sistema econômico capitalista corrobora o problema, na medida em que se vale do ambiente virtual para obter lucro com o desenvolvimento do comércio online. Isso pode ser verificado com o aumento de lojas e, consequentemente, de propagandas virtuais. Com isso, foram desenvolvidos padrões de rastreamento de dados do usuário a fim de personalizar as propagandas de acordo com o tipo de consumidor. Esse mecanismo contribui para o aumento das vendas, já que o indivíduo é sutilmente persuadido a comprar um produto que, provavelmente, já o interessava. Dessa forma, cada cidadão é afetado diretamente por mecanismos de venda e nem sempre tem conhecimento disso, prejudicando, pois, a democracia pela restrição indireta da liberdade individual.

Ademais, o falho sistema de ensino — no que diz respeito às novas tecnologias — contribui para ocorrência do problema. Isso se confirma com a permanência de um ensino tradicionalista, que exclui os aparelhos tecnológicos da rotina escolar, em oposição à constante modernização dos aparelhos. Estes, ao invés de serem incorporados à vida escolar para serem compreendidos e ressignificados como ferramentas úteis ao conhecimento, são duramente combatidos das salas de aula por serem majoritariamente utilizados para entretenimento. Assim, sem o conhecimento a respeito das possíveis maneiras de se usar internet e dos mecanismos nela presentes, o usuário torna-se vulnerável diante da manipulação do seus dados, o que prejudica harmonia social do espaço virtual e, por consequência, a plena vivência da cidadania.

Logo, a fim de mitigar o problema é preciso isto: que o Ministério da Educação integre à grade curricular o ensino sobre o uso seguro e consciente da internet por meio da realização de projetos que expliquem e exemplifiquem como o controle de dados é feito e como isso afeta o indivíduo. Tal ação deverá alertar os cidadãos para que eles se tornem mais autônomos ao usar a ferramenta. Além disso, o Governo Federal deve criar campanhas que sejam veiculadas às mídias abordando o tema em questão. Dessa maneira, a parcela da população que não frequenta mais a escola também é informada e alertada para se precaver.