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SALA DE ESTUDOS

Revolução Francesa

Resumo de Revolução Francesa

1 – Antecedentes

A) Divisão da sociedade por Estados – desigualdades sociais

– 1º Estado – Clero – Alto Clero – Baixo Clero
– 2º Estado – Nobreza
– 3º Estado – Burguesia – Artesãos – Camponeses

O Clero e a Nobreza não trabalhavam e não pagavam impostos.
O 3º Estado sustentava a economia francesa, trabalhando e pagando impostos.
A Burguesia tinha poder econômico, mas não tinha poder político.
Votação nos Estados Gerais – por Estado e não por indivíduo

B) Crise Econômica

Déficit financeiro – Múltiplos gastos com o 1º e o 2º Estados e com as guerras.
Problemas climáticos – chuva, seca, super safra e falta de alimentos
Tratado de Methuen com a Inglaterra – dependência econômica da França ao comércio inglês.

2 – Desenvolvimento da Revolução Francesa – Jornadas Revolucionárias:

1ª Jornada – O 3º Estado não aceitou a votação por Estado e declarou-se em Assembléia Nacional – início da Revolução Francesa.

2ª Jornada – 14 de julho de 1789 – Queda da Bastilha – quebra simbólica do absolutismo.

3ª Jornada – Grande medo e Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (Nobres emigram para a Áustria).

4ª Jornada – Luís XVI foi trazido para Paris pelos revolucionários.

3 – Monarquia Constitucional – 1791

A Assembléia Nacional promulgou a Primeira Constituição da França. Fim oficial do Absolutismo. Luís XVI jurou obediência à Constituição.

Estabelecido o voto censitário. Burguesia foi a grande beneficiada.
A Assembléia Legislativa que se formou era composta pela burguesia.
Feuillants, Girondinos e Jacobinos eram os partidos que representavam a burguesia.

Os Sans-Culottes não participavam, mas apoiavam os Jacobinos (mais radicais).

Áustria e Prússia atacaram a França. Formou-se a Comuna Insurrecional de Paris, que venceu os inimigos.
Luís XVI foi preso, acusado de ser inimigo da Revolução.

4 – República – 1792 – Convenção – Assembléia Nacional Constituinte

Eleita por voto universal. A partir desse momento, os Sans-Culottes participaram das decisões da Revolução.
A Convenção deveria promulgar a 1ª Constituição Republicana da França – Constituição democrática (sufrágio universal).
No início, a Convenção foi dominada pelos Girondinos.

Em 1793, Luís XVI foi executado na guilhotina.
Período de crise econômica. Faltavam alimentos e havia uma alta inflação.
Os Jacobinos, com o apoio dos Sans-Culottes, derrubaram os Girondinos do poder. Início do Terror.

Período de radicalização da Revolução Francesa. Milhares de pessoas foram guilhotinadas, por serem consideradas inimigas da Revolução. Liderança de Robespierre.

Problemas internos na Convenção – brigas entre os Jacobinos levaram a um novo momento da Revolução. O povo também estava cansado de tantas mortes e da falta de crescimento econômico do país.

5 – Diretório – 1794

Os Girondinos, com a Reação Termidoriana, derrubaram os Jacobinos do poder.
Como a 1ª Constituição não havia sido utilizada, foi necessário se promulgar nova Constituição, que estabeleceu o Diretório – 5 representantes dos Girondinos governaram a França.
Período de grave crise econômica e corrupção.

Até esse momento, a França já estava enfrentando a Segunda Coligação liderada pela Inglaterra. Nessas batalhas, entre franceses e coligados, destacou-se a figura de um jovem general, Napoleão Bonaparte, que, com apoio da burguesia em geral, derrubou o Diretório com o Golpe do 18 Brumário – 1799. Instalou-se na França uma nova ordem.

6 – Consulado – 1799

Governo de três Cônsules. Napoleão era o primeiro Cônsul, determinado pela nova Constituição.
Napoleão se impôs como governante e foi feita outra Constituição, ocasião em que ele se tornou Cônsul por 10 anos e depois Cônsul vitalício.

Externamente, as campanhas francesas contra as coligações eram um sucesso e, internamente, a França teve um grande crescimento econômico, financeiro e industrial, reduzindo a crise inflacionária.

Foi instituído o Código Civil Napoleônico, que veio a institucionalizar as conquistas burguesas conseguidas com a Revolção Francesa.

Napoleão tinha o apoio da sociedade e, através de mais uma Constituição, tornou-se Imperador dos franceses. Fim da República.

7 – Império – 1804 – 1815

Napoleão Bonaparte era o grande inimigo da Europa absolutista e da Inglaterra. A França era um Império burguês liberal.

A Inglaterra, além de temer as idéias de igualdade difundidas pela França, tinha-a como sua concorrente nos mercados consumidores da Europa.

Napoleão decretou o Bloqueio Continental – 1806 – fechamento dos portos europeus ao mercado inglês. Portugal, Dinamarca e Rússia desobedeceram o Bloqueio. Portugal e Rússia foram invadidos pelas tropas napoleônicas.

A decadência do Império Napoleônico começou com o Bloqueio Continental e com o ataque à Rússia. Do gigantesco exército que invadiu a Rússia, apenas 30 mil soldados retornaram com vida.

Outro problema do Império Napoleônico foi o de os franceses ignorarem as tradições, culturas e religiões dos povos dominados ao difundirem as idéias liberais da Revolução Francesa. Por isso, os povos dominados se revoltaram e expulsaram os franceses. Ex.: Espanha e Portugal.

A Inglaterra aproveitou-se do enfraquecimento das tropas de Napoleão e, liderando a 6ª Coligação, o derrotou na Batalha de Leipzig – 1813.
Napoleão foi preso na ilha de Elba.

Retornou ao governo francês a Dinastia de Bourbon. Luís XVIII, irmão de Luís XVI, tornou-se o novo Rei da França. Com o Rei, voltaram os nobres exilados pela Revolução Francesa.

Foi o momento do terror branco, onde a nobreza, através da violência e de arbitrariedades contra o povo, tentou readquirir seus bens e terras perdidas para os revolucionários.

Napoleão Bonaparte fugiu de Elba e governou a França por Cem Dias. Foi derrotado finalmente na Batalha de Waterloo, pela 7ª Coligação.