A) ROMANTISMO PORTUGUÊS – 1825 – 1865
ê marco – a obra Camões (poesias de Almeida Garret sobre a vida do poeta Camões); teatro histórico: Frei Luís de Souza – séc. XVII
– BOCAGE – Participou da nova Arcádia Lusitana (com o pseudônimo – pastor Elmano Sadino)- musa: Marília – em forma de sonetos (Observação: não confundir com a Marília de Tomás Antônio Gonzaga – “Marília de Dirceu” – em forma irregular – lira (música)).
– 1ª fase – árcade (Gertrúria)
– 2ª fase – atribulada, vira boêmio – fase pré-romântica (sentimentalismo, poesia noturna (árcade – é dia, sol)) poesia confessional (auto análise), arrependimento, melancolia, desaparece o Elmano Sadino e entra o Bocage mesmo.
ê Tema – romântico, mas é chamado de pré-romântico porque tem a forma clássica (soneto, fixa). Romântico escreve muito, clássico condensa num soneto.
* Desenvolve poesia satírica para divertir os amigos nas tavernas (boêmia) ousada, grosseira, obscena, (a Igreja o prende num sanatório), mais grosseiro que Gregório de Matos (o boca do inferno).
– Texto em prosa é texto normal.
B) ROMANTISMO BRASIL
– 1836 – próximo à independência do Brasil – coloca-se muito o índio e a linguagem brasileira em evidência.
* Gonçalves de Magalhães – Suspiros Poéticos e Saudades (1836) ê poesia.
* prosa romântica:
1) Joaquim Manoel de Macedo (Macedinho) = A moreninha – 14 anos, casa-se com seu primeiro amor e vive feliz para sempre (Augusto).
2) José de Alencar (Ceará) o pai era padre e teve filho com uma prima (1829-77) briguento. Características:
- a) Português do Brasil (Iracema – lábios de mel) fala do Brasil em linguagem brasileira.
- b) Descritivo (chamado realista – por ser detalhista).
- c) Escreveu sobre várias regiões do Brasil (sertanejo, índio).
- d) Idealizador do Brasil, fantasia.
Obras: Senhora, Iracema.
* GERAÇÕES ROMÂNTICAS
O Romantismo é a expressão do momento revolucionário – guerra napoleônica X Revolução Burguesa – mudanças no mundo.
ê A burguesia queria tomar o poder da nobreza e prometia Igualdade, Liberdade e fraternidade.
– 1ª GERAÇÃO ê Nacionalista, elogio à própria nação (tendência ao retorno à Idade Média quando houve a formação dos países europeus) ê exaltação do cavaleiro medieval que era um plebeu que recebia o título de nobreza pelos seus feitos, por merecimento e não por nascimento.
– 2ª GERAÇÃO: decepção com as promessas burguesas, fuga da realidade (Lord Byron – Inglaterra, nostalgia da nobreza, sonhar, idealizar ê foi a uma guerra para morrer) frustração, depressão, morbidez, ultra-romântica.
– 3ª GERAÇÃO: Preocupação social, hugoana (Victor Hugo (hugô)) geração condoreira (Condor ê voa alto, percorre toda a América latina ê representa os ideais libertários da nação americana) Paixão pela vida. Ex. Castro Alves.
1ª Geração: Gonçalves Dias: – formação clássica/ritmo solene, temática romântica, amor à pátria, natureza, índio idealizado, religião.ê Canção do Exílio (ele estava em Portugal e lembrava-se do Brasil)
ê Juca Pirama ( quer dizer – aquele que vai morrer) honrado foi capturado por índios de outra tribo, mas tinha que salvar o pai, pediu para ser libertado, cumprir sua promessa e depois voltaria para morrer, e assim o fez.
2ª geração: – Fagundes Varela (poeta de transição ê do indianismo a preocupação social) passa pelas três gerações.- Casimiro de Abreu (poesia adocicada e popular na época “Ai que saudades que eu tenho, da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais…) ¶ Álvares de Azevedo (nota da Tatí: maravilhoso, adoro ele.): poesia depressiva, mórbida, melancólica, produção adolescente, versos soltos, próximo da prosa.- idéias burguesas – a figura de Deus é abandonada – ciência em lugar de Deus ê Nietzsche – “Deus está morto”.
só foi reconhecido após sua morte.- Junqueira Freire – “Inspirações do Claustro”- ia ser padre, mas tinha desejo sexual muito forte (Eros – erotismo e Tânatos – desejo de morte) ele reprimiu tanto seu desejo que quis morrer.
Manoel Antônio de Almeida (Memórias de um Sargento de Milícias) – milícias – polícia, foi um autor romântico excêntrico (fora do centro, diferente), povo não gostou, mas crítica sim. Livro do malandro, Leonardo o anti-herói, novela de costumes sobre a vida popular do RJ (fama de malandragem carioca começa na época de D. Pedro, quando os funcionários públicos eram amigos do imperador e folgados).
ê tipos populares, nomes representativos ê vadio, barbeiro, Maria regalada, parteira, etc. não tem conflitos individuais e sim coletivos, representam um tipo.
ê filho de uma pisadela e um beliscão.
ê Malandragem – aproximar certo do errado “jeitinho”.
ê empatia – sentir o que o outro sente.
* a ordem e a desordem muito próximas (jogo de cintura)
ê livro que antecipa o Realismo, Mário de Andrade adorou e fez mais tarde Macunaíma (herói sem caráter)
3ª geração romântica ê preocupação social, poesia condoreira (condor), Hugoana (Victor Hugo – deputado, engajado, poeta).
CASTRO ALVES (1847-1871) – Espumas Flutuantes (único publicado em vida)combatividade social. Representa o segmento liberal-progressista da burguesia (progresso opondo-se ao Romantismo saudosista). ê poesia da natureza (mar, infinito,…), poesia erótica (sensualidade forte e madura), poesia patriótica e declamatória, amor ao progresso e à liberdade, poesia de inspiração judaica, poesia abolicionista e humanitária.
– poesia enfática e declamatória (discurso inflamado).
– tom arrebatador e grandiloqüente (interjeições, eloqüência).