Por: Fernanda Campos (Proffer)
Durante as primeiras semanas de 2020, o mundo evidenciou o surgimento de um novo patógeno humano que transcendeu a barreira zoonótica de forma suficientemente eficiente para causar um surto.
O QUE É
O Coronavirus de 2019 é um novo membro de um grupo, que inclui patógenos zoonóticos reconhecidos anteriormente, como é o caso do Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-CoV), que causou epidemias na China em 2002-2003, e no Oriente Médio Síndrome Respiratória Oriental (MERS-CoV), que afetou a Arábia Saudita e países vizinhos em 2012-2013.
Desde dezembro de 2019, foram relatados muitos casos coletados de “pneumonia viral desconhecida”, inicialmente relacionados à exposição no Huanan Seafood Market, Wuhan, China. Um novo coronavírus foi detectado, capaz de infectar seres humanos, em 6 de janeiro de 2020. Até 7 de fevereiro de 2020, havia 43103 casos confirmados com pneumonia 2019-nCoV (COVID-19) em 25 países.
Semelhante a outras pneumonias coronavirais, como síndrome respiratória aguda grave causada por coronavírus e coronavírus da síndrome respiratória do Oriente Médio, o COVID-19 também pode levar à síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA).
Com o reconhecimento gradual da pneumonia por COVID-19, o consenso, as diretrizes e os critérios profissionais foram estabelecidos com o objetivo de impedir a transmissão e facilitar o diagnóstico e o tratamento.
O Coronavírus é um vírus de RNA, hélice única, que gira em sentido positivo (horário) e disperso principalmente por morcegos. Sua manifestação patológica é de gravidade variável. Sua apresentação como vírus de RNA, propicia grande variabilidade genética, já que, as ferramentas de controle de mutação nesse caso são mais escassas. O nome Corona é proveniente da forma redonda do vírus e suas espículas as quais dão uma aparência de coroa ao microorganismo ao micrposcópio.
Na literatura publicada recentemente, a imagem radiológica típica da pneumonia por COVID-19 demonstrou clara destruição do parênquima pulmonar, incluindo inflamação intersticial e consolidação extensa, semelhante à infecção pelos vírus da mesma família relatada anteriormente. No entanto, alguns pacientes com pneumonia por COVID-19 não demonstraram consistentemente hipoxemia (falta de oxigenação adequada para os tecidos) ou dificuldade respiratória durante o curso da hospitalização.
A melhor maneira de prevenir a infecção é evitar ser exposto ao vírus. No entanto, como lembrete, é sempre recomendável ações preventivas diárias para ajudar a prevenir propagação de vírus respiratórios, incluindo:
- lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, principalmente após ir ao banheiro; antes de comer; e depois de assoar nariz, tossir ou espirrar.
- Se água e sabão não estiverem prontamente disponíveis, use um desinfetante para as mãos à base de álcool pelo menos 70% ou álcool 70%.
- Lave sempre as mãos com água e sabão se as mãos estiverem visivelmente sujas.
- Evite tocar nos olhos, nariz, e boca com as mãos não lavadas.
- Evite contato próximo com
pessoas que estão doentes. - Fique em casa quando estiver doente. Cubra a boca quando tossir ou espirre com um lenço de papel e jogue-o no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies frequentemente tocados usando um spray ou pano de limpeza doméstico comum.
- Se for necessário sair de casa, use a máscara.
- Evite repassar fakenews.
TRATAMENTO
Não há tratamento antiviral específico atual recomendado para infecção por nCoV. As pessoas infectadas devem receber cuidados de suporte para ajudar a aliviar os sintomas.
Para casos severos, o tratamento deve incluir cuidados para apoiar a função dos órgãos vitais.
DICA DE ESTUDO
Preste atenção!
Para as provas devemos saber as características gerais do grupo dos vírus e as formas de prevenção da transmissão da doença. Além disso, é importante saber correlacionar o porquê dos vírus de RNA serem mais variáveis geneticamente ao seu processo de replicação dentro da célula!