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Significado das palavras

Entenda O significado das palavras através da semântica,

Significação das palavras

O significado das palavras é estudado pela semântica, que é um ramo da linguística que estuda o sentido das palavras, frases e textos de uma língua.

Significação das palavras:

. Denotação e Conotação (sentido Próprio (denotativo) e sentido figurado
(conotativo))
. Antônimo e Sinônimo
. Homônimos e Parônimos
. Ambiguidade
. Polissemia e Monossemia
. Hiperonímia e hiponímia

Denotação

Também conhecido como sentido próprio ou denotativo das palavras.

Sentido literal da palavra ou expressão. Ela não precisa do contexto para que você a compreenda, ou seja, tem o mesmo sentido do dicionário. Como ela normalmente é usada.

Exemplo:

A menina está com a cara toda pintada.

Conotação

Também conhecido como sentido figurado ou conotativo das palavras Já é uma palavra que depende do contexto para entender o seu significado. Este contexto pode mudar o sentido literal da palavra ou expressão. Quando a palavra é usada de modo criativo ela aumenta as possibilidades de interpretações. É muito usado em campanhas publicitárias.

Utilizando as mesmas palavras dos exemplos anteriores ficará mais claro;

Exemplo:

Aquele cara parece suspeito.
Marcos quebrou a cara 

Antônimo e Sinônimo

Antônimo

Antônimos (Antonímia): palavras que possuem significados diferentes, ou seja,significados opostos.

Exemplos:

feliz e infeliz, simpático e antipático, simétrico e assimétrico, progressão e regressão.

Sinônimos

Sinônimos (Sinonímia): palavras que possuem significados iguais ou semelhantes.

Exemplos:

carro e automóvel, comprido e longo, inteiro e completo, desenvolver e crescer.

Homônimos (homonímia)

Homônimos são palavras com escrita ou pronúncia iguais, mas significado diferente.

Exemplos:

caminho (itinerário) e caminho (verbo caminhar) e rio (curso de água) e rio (verbo rir);

Tipos de homônimos: homônimos perfeitos, homógrafos e homófonos

Homônimos perfeitos

Tem a mesma grafia e som, mas com significados diferentes

Exemplos:

cedo (com antecedência) e cedo (verbo ceder)

Homônimos homógrafos

Tem a mesma grafia e som diferente e com significados diferentes.

Exemplos:

apoio (suporte) e apoio (verbo apoiar)

Parônimos (paronímia)

Parônimos são palavras com escrita e pronúncia parecida, mas com significado diferente.

Exs.: Deferi (conceder) e diferir (ser diferente) e discriminar (especificar) e descriminar (inocentar)

Ambiguidade

A ambiguidade também é conhecida como anfibologia e ela ocorre quando o texto não está claro dando uma duplicidade de sentido em palavras ou expressões do texto. Alguns textos até utilizam deste recurso como o poético ou literário. Outros como textos como técnicos ou informativos evitam este recurso.

A ambiguidade é considerada um vício de linguagem que são desvios das normas gramaticais que atrapalham a comunicação do pensamento e normalmente ocorre por descuido ou desconhecimento da norma culta por parte da pessoa que quer passar a mensagem.

Para se passar uma mensagem é necessária que ela seja clara e coerente, ou seja, ela não pode dar margem a mais de uma interpretação. 

Exemplos de ambiguidade como vício de linguagem:

A menina disse à colega que sua mãe havia chegado.

Quem chegou foi a mãe dela ou a mãe da colega

O pai pediu ao filho que arrumasse o seu quarto

Qual quarto é para arrumar, o do filho ou do pai

Polissemia

Polissemia: Prefixo poli= muitos e sufixo semia= sentidos, ou seja, muitos sentidos

É uma palavra ou expressão que tem muitos significados (vários sentidos). Geralmente é da mesma classe gramatical, mesmo campo semântico ou são relacionados entre si.

Exemplos

Letra

João de Barro que escreveu a letra da música Carinhoso.

A letra inicial de Maria é “M”.

A letra de seu filho é muito bonita.

Apesar de terem significados diferentes elas pertencem ao mesmo conceito, são
relacionados à escrita.

Outros exemplos de polissemia: Dama, boca, vela e etc…

A palavra “grama”, por exemplo, pode ser tanto uma unidade de massa, como um sinônimo para relva.
O que faz com que este termo seja homônimo e não polissêmico é o fato de a palavra não possuir a mesma origem etimológica para ambos os significados, mesmo possuindo pronúncia e grafia idênticos.

Monossemia

A monossemia indica que determinadas palavras apresentam apenas um significado.

Exemplos de palavras monossêmicas:

Estetoscópio (instrumento médico);
Porcelana (produto cerâmico)
Heptágono (polígono com sete lados).

Hiperonímia

A hiperonímia é representada por aquelas palavras que dão ideia de um todo, ou seja, de significado mais abrangente.

O hiperônimo é uma palavra superior pois permitem a formação de subclasses relacionadas a ele.

Constitui as características gerais de uma classe.

Exemplos: Cor, esportes, animais e veículos.

Classe: Cor (hiperônimo)

Subclasse: Rosa, amarelo, verde, vermelho

Questões Significação das palavras

QUESTÃO 1

Levando em consideração o contexto atribuído pelos enunciados, empregue corretamente um dos termos propostos pelas alternativas entre parênteses.

a – O atacante aproveitou a jogada distraída e deu o ___________ no adversário.(cheque/xeque)
b – O visitante pôs a _____________ no cavalo, despediu-se de todos e seguiu viagem.(cela/sela)
c – No presídio, todos os ocupantes foram trocados de _____________. (cela/sela)
d – O filme a que assisti pertence à ______ das dez. (seção/sessão/cessão)

QUESTÃO 2

Algumas anedotas exploram recursos estilísticos, mais precisamente o emprego de palavras homônimas, para enfatizar de forma contundente o humor. Assim sendo, leia e identifique tal recurso presente no exemplo a seguir:

Um candidato a juiz de direito, na prova, ao redigir uma sentença, escreveu o seguinte:

“Isto posto, paço a decidir…”

Passo com paço não passa! E não passou no exame.

QUESTÃO 3

(FMPA- MG)

Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamente aplicada:
a) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes.
b) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros.
c) Promoveram uma festa beneficiente para a creche.
d) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever.
e) A cessão de terras compete ao Estado.

QUESTÃO 4

Ao considerarmos que o discurso presente nas tiras humorísticas tem por finalidade
retratar uma crítica ligada aos fatos sociais, recorra aos seus conhecimentos sobre as
relações de significado estabelecidas entre as palavras, relacionando-as com base no
referido diálogo, o qual retrata a modalidade citada.
– Pai, qual é a diferença entre infração e inflação?
– Bem, infração é quando alguém sabe que cometeu um erro e… É punido!
– E inflação?
– Bem, aí é quando ninguém sabe quem cometeu um erro e… Todos são punidos!
a – A explicação proferida pelo pai em resposta ao questionamento do filho está
correta?
b – Qual a crítica implícita no discurso retratado?

QUESTÃO 5

Tendo em vista as características peculiares aos casos ligados à paronímia, analise o
enunciado linguístico presente em um anúncio publicitário:

 Adoramos os humanos.
 Sem discriminação
 De raça, ano ou modelo
 (27º Anuário do Clube de Criação de São Paulo, p.302)

Com referência ao termo “discriminação”, este se encontra grafado de acordo com a
norma padrão da linguagem? Justifique sua resposta.

Figuras de linguagem

As figuras de linguagem são recursos linguísticos a que os autores recorrem para tornar a linguagem mais rica e expressiva. Esses recursos revelam a sensibilidade de quem os utiliza, traduzindo particularidades estilísticas do emissor da linguagem. As figuras de linguagem exprimem também o pensamento de modo original e criativo, exploram o sentido não literal das palavras, realçam sonoridade de vocábulos e frases e até mesmo, organizam orações, afastando-a, de algum modo, de uma estrutura gramatical padrão, a fim de dar destaque a algum de seus elementos. As figuras de linguagem costumam ser classificadas em figuras de som, figuras de construção e figuras de palavras ou semânticas.

Figuras de som ou sonoras

As figuras de som ou figuras sonoras são aquelas que se utilizam de efeitos da linguagem para reproduzir os sons presentes nos seres. São as seguintes: aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Aliteração:

consiste na repetição ordenada de mesmos sons consonantais.

“Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando…Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito”. (Guimarães Rosa)

Assonância:

consiste na repetição ordenada de mesmos sons vocálicos.

“O que o vago e incógnito desejo/de ser eu mesmo de meu ser me deu”. (Fernando Pessoa)

Paronomásia:

consiste na aproximação de palavras de sons parecidos, mas de significados distintos.

“Conhecer as manhas e as manhãs/ O sabor das massas e das maçãs”.

(Almir Sater e Renato Teixeira)

Onomatopeia:

consiste na criação de uma palavra para imitar sons e ruídos. É uma figura que procura imitar os ruídos e não apenas sugeri-los.

Chega de blá-blá-blá-blá!

É importante destacar que a existência de uma figura de linguagem não exclui outras. Em um mesmo texto podemos encontrar aliteração, assonância, paronomásia e onomatopeia.

Figuras de construção ou sintaxes

figuras de construção ou figuras de sintaxe são desvios que são evidenciados na construção normal do período. Elas ocorrem na concordância, na ordem e na construção dos termos da oração. São as seguintes: elipse, zeugma, pleonasmo, assíndeto, polissíndeto, anacoluto, hipérbato, hipálage, anáfora e silepse.

Elipse:

consiste na omissão de um termo facilmente identificável pelo contexto.

Na sala, apenas quatro ou cinco convidados. (omissão de havia)

Zeugma:

ocorre quando se omite um termo que já apareceu antes. Ou seja, consiste na
elipse de um termo que antes fora mencionado.

Nem ele entende a nós, nem nós a ele. (omissão do termo entendemos)

Pleonasmo:

é uma redundância cuja finalidade é reforçar a mensagem.

“E rir meu riso e derramar meu pranto….” (Vinicius de Moraes)

Assíndeto:

é a supressão de um conectivo entre elementos coordenados

“Todo coberto de medo, juro, minto, afirmo, assino.” (Cecília Meireles)

Acordei, levantei, comi, saí, trabalhei, voltei.

Polissíndeto:

consiste na repetição de conectivos ligando termos da oração ou elementos do período.

“…e planta, e colhe, e mata, e vive, e morre…” (Clarice Lispector)

Anacoluto:

consiste em deixar um termo solto na frase. Isso ocorre, geralmente, porque se inicia uma determinada construção sintática e depois se opta por outra.

Eu, que me chamava de amor e minha esperança de amor.”

Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.” (Camilo Castelo Branco)

Os termos destacados não se ligam sintaticamente à oração. Embora esclareçam a frase, não cumprem nenhuma função sintática nos exemplos.

Hipérbato ou Inversão:

consiste no deslocamento dos termos da oração ou das orações no período. Ou seja, é a mudança da ordem natural dos termos na frase.

São como cristais suas lágrimas.

Batia acelerado meu coração.

Na ordem direta, as frases dos exemplos expostos seriam:

Suas lágrimas são como cristais.

Meu coração batia acelerado.

Hipálage:

ocorre quando se atribui a uma palavra uma característica que pertence a outra da mesma frase:

Esse sapato não entra no meu pé! (= Eu não entro nesse sapato!)

Essa blusa não cabe em mim. (= Eu não caibo mais nessa blusa.)

Anáfora:

é a repetição da mesma palavra ou expressão no início de várias orações, períodos ou versos.

“Tudo é silêncio, tudo calma, tudo mudez.” (Olavo Bilac)

Silepse:

ocorre quando a concordância se faz com a ideia subentendida, com o que está implícito e não com os termos expressos. A silepse pode ser:

De gênero:

Vossa excelência é pouco conhecido. (concorda com a pessoa representada pelo pronome)

De número:

Corria gente de todos os lados, e gritavam. (gente dá ideia de plural, gritavam concorda com “gente”)

De pessoa

Os brasileiros somos bastante otimistas. (brasileiros dá ideia de nós (1º p. do plural) somos, 1º p. do plural “concorda” com “somos”)

Figuras de palavras ou semânticas

Consistem no emprego de uma palavra num sentido não convencional, ou seja, num sentido conotativo. São as seguintes: comparação, metáfora, catacrese, metonímia, antonomásia, sinestesia, antítese, eufemismo, gradação, hipérbole, prosopopeia, paradoxo, perífrase, apóstrofe e ironia.

Comparação ou símile:

ocorre comparação quando se estabelece aproximação entre dois elementos que se identificam, ligados por nexos comparativos explícitos, como tal qual, assim como, que nem e etc. A principal diferenciação entre a comparação e
a metáfora é a presença dos nexos comparativos.

“E flutuou no ar como se fosse um príncipe.” (Chico Buarque)

Metáfora:

consiste em empregar um termo com significado diferente do habitual, com base numa relação de similaridade entre o sentido próprio e o sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido.

“Meu pensamento é um rio subterrâneo”. (Fernando Pessoa)

Catacrese:

ocorre quando, por falta de um termo específico para designar um conceito, toma-se outro por empréstimo.

Ele comprou dois dentes de alho para colocar na comida.

O pé da mesa estava quebrado.

Não sente no braço do sofá.

Metonímia:

assim como a metáfora, consiste numa transposição de significado, ou seja, uma palavra que usualmente significa uma coisa passa a ser utilizada com outro sentido.

Ou seja, é o emprego de um nome por outro em virtude de haver entre eles algum relacionamento. A metonímia ocorre quando se emprega:

A causa pelo efeito: vivo do meu trabalho (do produto do trabalho = alimento)

O efeito pela causa: aquele poeta bebeu a morte (= veneno)

O instrumento pelo usuário: os microfones corriam no pátio = repórteres).

Antonomásia:

É a figura que designa uma pessoa por uma característica, feito ou fato que a tornou notória.

A cidade eterna (em vez de Roma)

Sinestesia:

Trata-se de mesclar, numa expressão, sensações percebidas por diferentes órgãos sensoriais.

Um doce abraço ele recebeu da irmã. (sensação gustativa e sensação tátil)

Antítese:

é o emprego de palavras ou expressões de significados opostos.

Os jardins têm vida e morte.

Eufemismo:

consiste em atenuar um pensamento desagradável ou chocante.

Ele sempre faltava com a verdade (= mentia)

Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras que intensificam uma ideia.

Porque gado a gente marca,/ tange, ferra, engorda e mata,/ mas com gente é diferente.

Hipérbole:

trata-se de exagerar uma ideia com finalidade enfática.

Estou morrendo de sede!

Não vejo você há séculos!

Prosopopeia ou personificação:

consiste em atribuir a seres inanimados características próprias dos seres humanos.

O jardim olhava as crianças sem dizer nada.

Paradoxo:

consiste no uso de palavras de sentido oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou expressão.

Estou cego, mas agora consigo ver.

Perífrase:

é uma expressão que designa um ser por meio de alguma de suas características ou atributos.

O ouro negro foi o grande assunto do século. (= petróleo)

Apóstrofe: é a interpelação enfática de pessoas ou seres personificados.

“Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-me vós, Senhor Deus!” (Castro Alves)

Ironia:

é o recurso linguístico que consiste em afirmar o contrário do que se pensa.

Que pessoa educada! Entrou sem cumprimentar ninguém.