Fonte da imagem: https://acasadevidro.com/moncada-e-o-dia-nacional-da-rebeldia-cubana/
Após a sua independência (1898), Cuba tornou-se protetorado americano e a “Emenda Platt” (1901) deu aos americanos direito de intervenção na ilha. Até a metade do século XX, Cuba manteve a estrutura colonial: latifúndio açucareiro; terras, serviços e turismo explorado pelo capital estrangeiro; governo de vários ditadores, dentre os quais o de Fulgêncio Batista (1940-1944) e ele novamente em 1952, cujo governo caracterizou-se pela violência e pela repressão. Em 1953, houve uma tentativa fracassada de tomada do Quartel de Moncada pelo jovem Fidel Castro que, exilado no México, articulou o golpe contra Batista. Em 1956, de volta a Cuba, Fidel Castro e um grupo de 81 guerrilheiros, entre os quais Che Guevara e Camilo Cienfuegos, iniciaram a guerrilha em Sierra Maestra, que tomou o poder em 1959.
Na sua política externa, Fidel divulgou textos revolucionários no continente, como “Guerra de Guerrilhas”, de Che Guevara; criou a OLAS (Organização Latino-americana de Solidariedade), incentivou movimentos de esquerda.
A partir dos anos 70, Cuba sofreu os reflexos da distensão e com ela reataram-se as relações diplomáticas com Venezuela, Panamá, Colômbia e Espanha e ocorreu até uma aproximação com os EUA no governo Carter.
Nos anos 80, durante o governo Reagan, as relações entre os dois países deterioraram-se devido ao envolvimento cubano em movimentos políticos em Angola e na Etiópia, além de El Salvador e Nicarágua. Em 1986, o Brasil também reatou as relações com Cuba. Em 1989, Gorbachev visitou Cuba e tentou atraí-la para a abertura, inutilmente.
A América Central sempre foi alvo das intervenções militares norte-americanas e, em 1927, o operário Augusto César Sandino organizou um exército para combater os norte-americanos, sendo assassinado por Anastasio Somoza Garcia (comandante da Guarda Nacional), em 1934. A família Somoza governou a Nicarágua por quarenta anos. Na década de 60, surgiu na Nicarágua a FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional), que liderou guerrilha nas montanhas para implantar o socialismo no país. Em 1978, o assassinato do jornalista Pedro Joaquim Chamorro desencadeou revoltas, que culminaram na queda de Somoza (1979), formando-se um governo de reconstrução nacional baseado na aliança de sandinistas com outras facções. Os conservadores não apoiaram a radicalização esquerdista da FSLN, mas sandinistas elegeram o socialista Daniel Ortega, provocando a fuga de conservadores para Miami (EUA); a organização dos contra-revolucionários, com o apoio americano, que agiram destruindo cooperativas, escolas e centrais elétricas, provocando profunda crise econômica e convocação de novas eleições (1990), na qual Daniel Ortega foi derrotado por Violeta Chamorro.
Até a década de 60, duas correntes políticas dominaram o Chile: a Frente de Ação Popular, representada por comunistas, socialistas e democratas e a tendência de direita, apoiada pelos latifundiários, financistas e industriais no PDC (Partido Democrata Cristão). Foi no governo de Eduardo Frei (PDC), de 1964 a 1970, que ocorreu o auge dos antagonismos entre a direita e a esquerda devido à inflação, ao desemprego e à radicalização.
Em 1970, foi eleito, democraticamente, o primeiro presidente socialista, Salvador Allende, que estabeleceu um amplo programa de reformas, provocando a reação das oligarquias locais com o apoio dos EUA, que decretaram boicotes econômicos ao país.
Em 1973, o general Augusto Pinochet liderou a derrubada de Allende, morto na tomada do palácio de La Moneda. O novo governo de Pinochet, com o apoio norte-americano, massacrou a oposição, fez a abertura para o capital estrangeiro e estabeleceu rígida censura sobre os meios de comunicação.