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Egito

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Condições geográficas do Egito

No nordeste da África, entre o deserto Líbio e o mar Vermelho, formou-se uma das mais antigas e brilhantes civilizações: a egípcia.

O rio Nilo torna a região um verdadeiro oásis em pleno deserto. De fato, suas cheias anuais inundam as zonas limítrofes, possibilitando a fertilidade da terra, graças ao húmus, restos de vegetação aquática putrefada e substâncias minerais.

Egito

Não é incorreta a afirmativa de Heródoto de que “o Egito é uma dádiva do Nilo”, mas se faz necessário lembrar que outros fatores geográficos se fizeram presentes, influindo e ajudando o desenvolvimento desta civilização. As barreiras naturais, como o deserto Líbio e o mar Vermelho, facilitaram a defesa da região, e forjaram a mentalidade conservadora característica dos antigos egípcios. As montanhas da Nubia proporcionaram o granito necessário às construções e o ouro às artes menores e ao comércio.

Estabelecendo-se em volta do rio Nilo, os egípcios desenvolveram a agricultura, que foi a base de sua economia e que levou à própria unificação política. De fato, o tórrido calor da região, secaria o húmus após a baixa das águas, se não houvesse canais de irrigação, para cuja construção havia necessidade de um trabalho grupal organizado. Este fator, pressionado por uma cooperação e vida em grupo mais intensa, levou o Egito a se tornar um Estado coeso e forte.

Egito

História política Egípcia

Período Arcaico – 4000 – 3200 a.C.

Foi no Quarto Milênio a.C. que teve início a história política do Egito, ainda não como unidade política, mas sim como um amontoado de pequenas províncias, chamadas nomos. Estes se uniram em dois reinos, o Alto Egito ( capital Hieracômpole ) e Baixo Egito ( capital Buto ).

Antigo Império – 3200 – 2180 a.C.

Estes dois reinos foram unidos em 3200 a.C. por Menés. O Antigo Império foi a época das pirâmides, do governo teocrático e de longa paz.

Idade Feudal – 2180 – 2040 a.C.

Este período caracterizou-se pela inexistência de poder central , com o Egito se fracionando novamente em vários nomos. Um destes, o de Tebas, acabou por se sobrepujar aos outros e reunificar o país.

Médio Império – 2040 – 1786 a.C.

Assim inaugurou-se o Médio Império, cuja capital era Tebas. Esta fase caracterizou-se por suas tendências democráticas, o que possibilitou várias realizações intelectuais importantes.

Domínio Hicso – 1786 – 1567 a.C.

O Egito foi dominado por volta de 1786 a.C. pelos hicsos, nômades que venceram graças ao cavalo, até aí desconhecido dos egípcios. Os hicsos levaram novas técnicas e culturas ao Egito, que se beneficiou com aquele domínio estrangeiro.

Novo Império – 1567 – 1085 a.C.

Os egípcios, porém, desejavam expulsar os invasores, o que foi conseguido graças a Amósis. No Novo Império o Egito adotou uma política imperialista, tornando-se uma potência militar e contando com grandes faraós como Tutmés III Ramsés II. Mas importante, no entanto, é o governo de Amenofis IV ( 1375 – 1358 a.C. ), que lutando contra o grande poder dos sacerdotes, destruiu o culto tradicional e instituiu o monoteísmo do deus Aton. Ainda que esta religião desaparecesse com a morte de seu criador, é de grande importância, devido à influência que exerceu sobre os hebreus.

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Período de Decadência – 1085 – 663 a.C.

Neste tempo o Egito foi dominado por líbios, núbios e assírios.

Renascimento Saíta – 663 – 525 a.C.

Os dominadores estrangeiros foram expulsos, conhecendo então o país, um período de progresso, especialmente no comércio. Os persas, porém, venceram os egípcios e dominaram a capital, Sais.

Período de domínio estrangeiro – 525 a.C. – 1922

Desde a derrota de Pelusa frente aos persas, até 1922, o Egito sempre esteve sob o domínio estrangeiro: persa, grego-macedônico, romano, bizantino, árabe, turco, franco-inglês, inglês.

 

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Religião

A religiosidade do povo egípcio era bastante acentuada, sendo objetivo dos egípcios, uma vida feliz extraterrena. O número de divindades que possuíam é algo surpreendente, com cada localidade possuindo seu deus; à medida que uma cidade se tornava mais importante, seu deus crescia em prestígio, como ocorreu no caso de Amon, que se tornou o principal deus egípcio, após sua cidade, Tebas, tornar-se o centro político do país.

Inicialmente, os animais foram adorados como deuses, mas com o evoluir da civilização as metamorfoses foram ocorrendo e os seres híbridos de homens e animais passaram a ser adorados. No entanto, o culto antropozoomórfico não foi o mais popular, e sim o das forças da natureza, caso do culto de Osiris. Este, segundo a lenda, fora um rei do Egito, que junto com seu ministro Thot, ensinara as primeiras leis ao povo egípcio. Seth, seu irmão, invejoso de sua popularidade, matou-o, jogando seu corpo no Nilo. Isis, porém, ressuscitou o marido, que passou assim a ser o rei dos mortos. Esta lenda significa claramente que Osiris encarnava em si a natureza, mais particularmente o rio Nilo, que morre e ressuscita anualmente, mostrando a importância daquele rio na vida da civilização egípcia.

Os egípcios acreditavam que todo ser é habitado por seu duplo, o Ka, podendo esta “alma” voltar ao corpo, desde que este esteja em bom estado, nascendo assim a prática da mumificação. Quando da morte, a alma iria ser julgada no tribunal de Osíris e, conforme seus atos, viveria eternamente ou seria eliminada.

Livro dos Mortos, que era necessário a todo morto, origina-se daí, sendo um conjunto de fórmulas mágicas que facilitaria a entrada da “alma” no reino de Osíris.

Sociedade

Os egípcios eram apegados à família, não admitindo a poligamia. Nesta sociedade as mulheres desfrutavam de boa posição, podendo mesmo ocupar o trono, fato raro entre os orientais. O faraó quase sempre casava-se com uma parente, muitas vezes a irmã, já que não existia o tabu do incesto e o casamento com familiares era comum, objetivando não dispersar riquezas e poder.

Esta sociedade, relativamente estratificada, tinha na sua direção o faraó, visto como o deus Horus enquanto vivo e identificado com o deus Osíris após a morte. Abaixo dele vinham os altos funcionários, os nobres e os sacerdotes; a seguir os guerreiros, depois os escribas, por fim os felah ou camponeses. Os escravos não constituiram grande parcela da sociedade.

Economia

Ela era de base agrária, aproveitando a terra fertilizada pelo Nilo, produtora, principalmente, de trigo e cevada. O comércio só ganhou importância a partir da época Saíta. A economia tornou-se monetária, isto é, generalizou-se o uso da moeda, apenas no século IV a.C.

 

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Escrita

A escrita egípcia chamada hieroglífica era pictográfica, ou seja, seus caracteres representavam objetos. Com a evolução desta escrita, os sinais foram modificados, surgindo o sistema hierático, e a partir deste o demótico, de uso mais popular.

Literatura

A literatura de um povo sempre reflete o espírito da nação, o mesmo acontecendo no Egito. Sua literatura teve três fases distintas, paralelas a história política.

A fase mais antiga reflete um caráter ético, como é o caso das Máximas de Ptahotep, conselhos a respeito da educação paterna.

Durante o Médio Império vemos a literatura refletir toda a apatia, desilusão e pessimismo da época. A Canção da harpista, uma das mais brilhantes obras desta fase, reflete esse caráter: foi um faraó que mandou gravar no seu túmulo esta canção, que reflete certo ceticismo em relação a vida extraterrena.

A última fase desenvolveu-se no Novo Império, quando um sentimento nacionalista exalta todo o povo. Exemplos desta literatura são a Sabedoria de Amenemope e o Discurso do camponês eloqüente.

Arte

A arquitetura, principal forma artística dos antigos egípcios, expressava-se melhor nos templos – como Luxor e Karnak – e nos túmulos, de três tipos:

1 ) as mastabas, câmaras funerárias que serviam de capela para o culto dos mortos.

2 ) as pirâmides, que significavam um ato de fé e a ambição de dar estabilidade ao país, tinham por função serem grandes túmulos para os faraós.

3 ) hipogeus, túmulos subterrâneos nas encostas das montanhas.

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Ciência

O espírito egípcio era eminentemente prático, quase não havendo abstração, daí as ciências terem sido criadas para fins práticos: prever inundaçõestraçar planos de pirâmidesresolver problemas de irrigaçãoplantioetc.

Astronomia, desenvolvida desde a época pré-dinásticaconcebeu um calendário, enquanto a matemática dava elementos necessários à divisão dos campos e fins correlatos. Ainda importante foi a medicina, que chegou à fase de diagnosticagem e clínica terapêutica.

 

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