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UFGD divulga lista de Manifestações Artísticas e Normativas para próximos vestibulares

Livros, filmes, músicas, expressões de artes plásticas, peças de teatro e normativas comporão questões dos cadernos de prova dos vestibulare

Com o objetivo de possibilitar a devida preparação dos candidatos ao Processo Seletivo Vestibular, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou recentemente a lista de  que comporão questões nas provas de 2023, 2024 e 2025.
 
Referentes aos vestibulares para cursos de graduação, presenciais e a distância, as manifestações incluem, para cada ano, cinco obras textuais literárias, quatro obras textuais normativas, uma obra teatral, três obras musicais, quatro obras plástico-visuais e três obras audiovisuais, entre nacionais e estrangeiras.
 
Conforme o Centro de Seleção, órgão responsável por toda a cadeia de atividades para a realização dos Processos Seletivos Vestibulares da UFGD, a definição das obras com tal antecedência se dá como maneira de proporcionar aos candidatos, às escolas de educação básica públicas e privadas e aos cursinhos pré-vestibulares tempo hábil para aquisição, estudo e análise das proposições.
 
Para tal definição, foi formada a Comissão de Indicação e Validação das Manifestações Artísticas da UFGD, integrada por servidores de diversas faculdades e setores da universidade e por uma colaboradora externa.
 
Coordenadora do Mestrado do Programa de Pós-graduação em Letras da UFGD, a professora Alexandra Santos Pinheiro aponta para a diversidade presente, como um todo, nas obras elencadas pela instituição. “A lista dá valor à diversidade, já que integra obras literárias de mulheres e de homens, abrange clássicos, obras populares, regionalismo e contemporaneidade e inclui uma diversidade de gêneros, como poesia, crônica e narrativas. Contribuir para que o debate sobre essas representações seja feito nas escolas é excelente”, afirma a docente, que é doutora em Teoria e História Literária.
 
MANIFESTAÇÕES DIVERSAS
 
As obras selecionadas integram diferentes esferas de manifestações artísticas e, também, normativas. Teatro, música, artes plásticas, legislação, cinema e literatura, do clássico ao recente, estão inseridos na lista e poderão ser empregados em questões nas várias áreas do conhecimento que compõem o caderno de prova do vestibular.
 
Conforme o Centro de Seleção, o candidato deverá ser capaz de usar habilidades específicas ao ler, analisar e interpretar as obras propostas, relacionando-as aos contextos histórico, político, econômico, estético e cultural, bem como, aos universos tecnológico, físico, químico, biológico e matemático. Também deverá saber identificar e interpretar recursos estilísticos dos criadores e de suas manifestações, além de estabelecer relações entre épocas, gêneros e autores.

Veja obras da UFGD

Quanto aos conhecimentos, o vestibulando precisará estar apto a responder questões sobre a formação das obras – da condição colonial à contemporaneidade; as tendências e as características dos movimentos presentes; os gêneros literários – lírico, dramático, narrativo; os aspectos culturais, políticos, econômicos, sociais e de linguagem; e a visão dos mundos tecnológico, físico, químico, biológico e matemático, com base nos aspectos de funcionamento e de aplicação de conhecimentos a situações da vida cotidiana.
 
Entre as obras elencadas, romances como o regionalista Torto Arado (2019), do autor baiano Itamar Vieira Junior, vencedor do Prêmio Jabuti – maior reconhecimento da literatura brasileira –, figuram junto a Úrsula (1859), da escritora maranhense Maria Firmina dos Reis, considerado o primeiro romance nacional escrito por uma mulher.
 
No audiovisual, ficção e realidade se apresentam nas obras: documentários e dramas biográficos, como 500 Almas (2004), de Joel Pizzini, e Gonzaga: de pai para filho (2012), de Breno Silveira, fazem paralelo com longas-metragens de ficção, como que Horas ela volta? (2015), de Anna Muylaert, e O Físico (2014), do alemão Philipp Stölz.
 
Obras arquitetônicas como o Teatro Amazonas, de Antônio José Fernandes Júnior, e a Catedral Metropolitana de Brasília, de Oscar Niemeyer, e plásticas, como o mural Etnias, do artista urbano Kobra, e Os Operários, da modernista Tarsila do Amaral, também poderão ser temas de questões, assim como expressões da dramaturgia – A Partilha, de Miguel Falabella, O Verdugo, de Hilda Hilst, e Ifigênia em Áulis, clássico grego de Eurípedes.
 
Na música, o rapper Emicida, com sua AmarElo, e U2, com Sunday Bloody Sunday, estão lado a lado do rap guarani do grupo Brô MCs, de Dourados. Outros artistas, como Simple Minds, Otis Redding, Chico Buarque, Arnaldo Antunes (interpretado por Ney Matogrosso) Tribo da Periferia e Martinho da Vila (interpretado por Rodolpho, Jonas e Luís Carlos da Vila) também representam as expressões musicais.
 
Ainda, as obras normativas escolhidas apresentam leis e trechos de leis voltados aos Direitos Humanos, aos direitos e às garantias fundamentais, aos direitos sociais e aos direitos dos indígenas, expressos na Constituição Federal brasileira, além da definição de violência contra a mulher, presente na Lei Maria da Penha.

Veja obras da UFGD