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A Geografia de Mato Grosso do Sul: Aspectos Relevantes para Provas

A Geografia de Mato Grosso do Sul: tópicos cobrados na UFMS e UEMS.
A Geografia de Mato Grosso do Sul

A Geografia de Mato Grosso do Sul: pode ser um diferencial da UFMS e UEMS.

Mato Grosso do Sul, um estado que integra a região Centro-Oeste do Brasil, é uma das unidades da federação mais ricas em recursos naturais e apresenta uma diversidade geográfica significativa. Essa diversidade geográfica é refletida no relevo, clima, vegetação e hidrografia, que impactam diretamente a vida econômica e social do estado. Por isso, conhecer os aspectos geográficos do estado é fundamental para quem se prepara para provas, como vestibulares e o Enem. A seguir, exploramos a geografia de Mato Grosso do Sul, detalhando pontos essenciais.

1. A Geografia de Mato Grosso do Sul:  Localização Geográfica e Limites

Mato Grosso do Sul está situado no coração do Brasil e faz fronteira com três estados e dois países.

  • Fronteiras internas: Goiás a norte, Minas Gerais a nordeste, São Paulo a sudeste e Paraná a sul.
  • Fronteiras internacionais: Paraguai a sudoeste e Bolívia a oeste.

Essas fronteiras são importantes porque Mato Grosso do Sul desempenha um papel estratégico no comércio internacional, especialmente com o Paraguai e a Bolívia, além de ser uma rota importante para exportação de commodities agrícolas para outros estados e países.

  • Posição Geográfica: Mato Grosso do Sul ocupa uma área de 357.145,532 km², fazendo fronteira com os estados de Mato Grosso (norte), Goiás (nordeste), Minas Gerais (leste), São Paulo (sudeste) e Paraná (sul). Além disso, limita-se com os países vizinhos Paraguai (sul e sudoeste) e Bolívia (oeste e noroeste)
  • Capital: A capital do estado é Campo Grande, que também é o município mais populoso

A Geografia de Mato Grosso do Sul: Pontos Extremos do Estado de MS

1. Norte; Rio Itiquira (Mato Grosso do Sul / Mato Grosso)
2. Leste: Rio Aporé (Paranaíba (MS)/Goiás/ Minas Gerais)
3. Sul : Rio Paraná ( Mato Grosso do Sul/ Paraná/Paraguai)
4. Oeste: Rio Paraguai (Mato Grosso do Sul /Paraguai)
5. A fronteira internacional com o Paraguai é de 1.131 km e com a Bolívia de 386 Km.
6. O Estado é atravessado no extremo sul, pelo Trópico de Capricórnio, passando próximo as cidades de Itaquiraí e Naviraí.

Regiões

01 – Alto Taquari Alcinópolis, Camapuã, Coxim, Pedro Gomes, Rio Verde de Mato Grosso, São Gabriel do Oeste,
Sonora
02 – Aquidauana Aquidauana, Anastácio, Dois Irmãos do Buriti, Miranda
03 – Baixo Pantanal Corumbá, Ladário, Porto Murtinho
04 – Bodoquena Bodoquena, Bela Vista, Bonito, Caracol, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Nioaque
05 – Campo Grande Campo Grande, Bandeirantes, Corguinho, Jaraguari, Rio Negro, Rochedo, Sidrolândia, Terenos
06 – Cassilândia Cassilândia, Chapadão do Sul, Costa Rica
07 – Dourados
Dourados, Amambaí, Antônio João, Aral Moreira, Caarapó, Douradina, Fátima do Sul, Itaporã, Juti,
Laguna Carapã, Maracaju, Nova Alvorada do Sul,
Ponta Porã, Rio Brilhante, Vicentina
08 – Iguatemi
Iguatemi, Angélica, Coronel Sapucaia, Deodápolis, Eldorado, Glória de Dourados, Itaquiraí,
Ivinhema, Japorã, Jateí, Mundo Novo, Naviraí, Novo Horizonte do Sul, Paranhos, Sete Quedas,
Tacuru
09 – Nova Andradina Nova Andradina, Anaurilândia, Bataguassu, Bataiporã, Taquarussu
10 – Paranaíba Paranaíba, Aparecida do Taboado, Inocência, Selvíria
11 – Três Lagoas Três Lagoas, Água Clara, Brasilândia, Ribas do Rio Pardo, Santa Rita do pardo

  • A Geografia de Mato Grosso do Sul: Regiões
    A Geografia de Mato Grosso do Sul: Regiões

2. A Geografia de Mato Grosso do Sul: Relevo e Hidrografia

O relevo de Mato Grosso do Sul é caracterizado por uma diversidade de formas:

  • Planaltos: Predominam no leste do estado, com altitudes que variam entre 200 e 600 metros. O ponto mais alto é o Morro Grande, localizado no Maciço do Urucum, com 1.165 metros .
  • Pantanal: A região oeste abriga o Pantanal, a maior planície inundável do mundo, que se estende por cerca de 65% de sua área dentro do estado. As altitudes nessa região variam entre 100 e 200 metros
  • Planícies: O noroeste é dominado por planícies aluviais que são sujeitas a inundações periódicas

Mato Grosso do Sul apresenta um relevo variado, o que contribui para a diversidade ambiental e econômica do estado. Ele pode ser dividido em três grandes unidades geomorfológicas:

  • Planalto Central: Área mais alta, com altitudes que ultrapassam os 800 metros. O relevo é caracterizado por terrenos ondulados e montanhosos, e é uma região de transição entre o Cerrado e o Pantanal.
  • Planície Pantaneira: O Pantanal, no sul do estado, é uma vasta planície inundada periodicamente, considerada uma das maiores áreas úmidas do mundo. A planície é fundamental para a biodiversidade local e tem grande importância ecológica.
  • Depressão Periférica: Área de baixada, que envolve o Pantanal e o Alto Paraguai. Esta região é caracterizada por vastas planícies alagáveis, sendo um local com alto potencial para a agricultura, especialmente para cultivo de arroz e soja.

A Geografia de Mato Grosso do Sul: Hidrografia

  • A Geografia de Mato Grosso do Sul: Hidrográfia
    A Geografia de Mato Grosso do Sul: Hidrográfia

A hidrografia do estado é complexa e composta por vários rios importantes, com destaque para:

  • Rio Paraguai: Um dos principais rios do estado, que banha a região pantaneira e faz parte da bacia do Prata. Ele é fundamental para a navegação e para o abastecimento hídrico da região.
  • Rio Paraná: Limita o estado com São Paulo e é um dos maiores rios do Brasil. Forma o sistema hidrológico da bacia do Paraná-Paraguai, sendo vital para o abastecimento de água e para a produção de energia hidrelétrica.
  • Rio Apa: Limita Mato Grosso do Sul com o Paraguai, sendo importante para o abastecimento hídrico e para o transporte fluvial.

Esses rios, especialmente o Pantanal, desempenham um papel crucial no ecossistema local e têm grande relevância para a agricultura e a indústria.

A hidrografia de Mato Grosso do Sul é rica e diversificada:

  • Principais Rios: Os rios mais importantes incluem o Rio Paraná e o Rio Paraguai, que pertencem à bacia hidrográfica do Paraná. Outros rios significativos são Miranda, Aquidauana e Taquari
  • Importância Ecológica: O Pantanal é um ecossistema vital para a biodiversidade da região, abrigando uma vasta gama de espécies animais e vegetais

3. Clima

O clima de Mato Grosso do Sul é tropical, com variações significativas entre as estações do ano, o que reflete a diversidade do território. O clima pode ser descrito por duas estações bem definidas: a chuvosa e a seca.

  • Verão: Com temperaturas elevadas, podendo ultrapassar os 40°C em algumas regiões, e chuvas intensas, especialmente entre outubro e março. Esse período é caracterizado por grandes volumes de precipitação, que favorecem o crescimento da vegetação e o desenvolvimento da agricultura.
  • Inverno: Durante os meses de junho a setembro, o clima é seco e as temperaturas caem, especialmente nas regiões mais altas do estado, com a possibilidade de geadas nas áreas mais elevadas do sul. Esse período é mais ameno, com baixa umidade do ar e poucas chuvas.

O clima em Mato Grosso do Sul é predominantemente tropical:

  • Tropical Típico: Caracterizado por verões quentes e chuvosos e invernos secos. As temperaturas médias variam entre 21°C e 28°C, podendo ultrapassar os 40°C durante o verão
  • Tropical de Altitude: Nas áreas de maior altitude, como os planaltos, as temperaturas são mais amenas e podem ocorrer geadas no inverno
  • Precipitação: O índice pluviométrico anual pode chegar a 1.500 mm

4. Vegetação

Mato Grosso do Sul apresenta uma diversidade de tipos de vegetação, que varia conforme a região. Essa diversidade está diretamente relacionada ao clima e ao relevo do estado. Os principais biomas presentes no estado são:

  • Cerrado: Predomina no norte do estado. O Cerrado é um bioma de vegetação herbácea e arbustiva, com árvores de pequeno porte, caracterizado por uma estação seca bem definida e solos ácidos. O Cerrado ocupa uma grande parte do território estadual, especialmente nas regiões mais altas.
  • Pantanal: O Pantanal ocupa a maior parte da região sul e é um dos maiores biomas de áreas úmidas do planeta. Ele é formado por campos, vegetação aquática e áreas alagadas. A fauna do Pantanal é riquíssima e muito diversificada, o que torna a região um importante destino turístico e um patrimônio natural mundial da humanidade.
  • Mata Atlântica: Embora seja mais restrita no estado, a Mata Atlântica pode ser encontrada nas áreas de relevo elevado no sul de Mato Grosso do Sul, em áreas de clima mais úmido e com maior quantidade de precipitação.

Esses biomas são fundamentais para o equilíbrio ecológico do estado e são responsáveis por grande parte da sua biodiversidade. O Pantanal, em particular, é um dos maiores ecossistemas de água doce do mundo.

5. Economia e Setores Econômicos

A economia de Mato Grosso do Sul é fortemente centrada na agropecuária, mas também inclui setores como a indústria, comércio e serviços. A agropecuária, de fato, é o principal motor da economia estadual, destacando-se:

  • Pecuária: Mato Grosso do Sul é um dos maiores estados produtores de carne bovina do Brasil, com um rebanho de milhões de cabeças de gado. A produção de carne, especialmente no Pantanal, é uma das principais fontes de receita para o estado.
  • Agronegócio: A produção de soja, milho, arroz e cana-de-açúcar tem forte presença em Mato Grosso do Sul. As terras férteis e o clima propício favorecem essas atividades, que abastecem tanto o mercado interno quanto o externo, especialmente para a exportação.
  • Indústria: Embora o estado seja predominantemente agrícola, a indústria também tem um papel crescente, com destaque para a indústria alimentícia, celulose e papel, e química. O estado é um dos maiores produtores de celulose do Brasil.

A mineração também tem um papel relevante, com destaque para a extração de calcário e outros minerais utilizados na construção civil e na produção de cimento.

Economia Primária em Mato Grosso do Sul

A economia primária é o setor mais tradicional e relevante para Mato Grosso do Sul. Ela abrange atividades ligadas ao extrativismo, à agricultura e à pecuária, que são fundamentais para o desenvolvimento econômico do estado.

Pecuária Extensiva: Corte e Leite

  • Bovinocultura: A criação de gado bovino, tanto para corte quanto para leite, é uma das atividades econômicas mais importantes do estado. A pecuária extensiva é amplamente praticada devido às vastas pastagens naturais, especialmente nas áreas do Pantanal e do Cerrado. Mato Grosso do Sul é um dos maiores exportadores de carne bovina do país.
  • Criação de Suínos e Aves: Além do gado, há uma crescente produção de suínos e aves, com destaque para granjas que produzem carne de frango para consumo interno e exportação.

A Geografia de Mato Grosso do Sul:Agricultura

  • Soja e Milho: Mato Grosso do Sul é um dos principais produtores de grãos do Brasil. A soja e o milho são os produtos de maior destaque e ocupam vastas áreas cultivadas, com alta produtividade.
  • Cana-de-Açúcar: O cultivo da cana-de-açúcar também ocupa grande relevância, impulsionando o setor sucroalcooleiro e a produção de etanol.
  • Outros Produtos Agrícolas: O estado também cultiva arroz, algodão, mandioca, erva-mate, trigo, centeio, cevada, batata, sorgo e girassol. A diversidade na agricultura garante a sustentabilidade e a redução de riscos climáticos.

A Geografia de Mato Grosso do Sul:Silvicultura

  • Reflorestamento para Produção de Celulose: O estado é um dos maiores produtores de celulose do Brasil, com extensas áreas de reflorestamento de eucalipto, especialmente em municípios como Três Lagoas.

A Geografia de Mato Grosso do Sul: Turismo

O turismo em Mato Grosso do Sul é uma das atividades econômicas mais promissoras, devido às suas belezas naturais e ecossistemas únicos.

  • Bonito: Considerado um dos melhores destinos de ecoturismo do mundo, com rios cristalinos, grutas, cavernas e trilhas.
  • Pantanal (Corumbá): O maior bioma de áreas úmidas do planeta é um grande atrativo para turistas interessados na observação da fauna e flora, além da pesca esportiva.
  • Campo Grande: A capital do estado é um polo econômico e cultural, oferecendo uma variedade de atrações urbanas.
  • Outros Destinos: Ponta Porã, Coxim, Costa Rica, Rio Verde de Mato Grosso e Aquidauana também são pontos turísticos importantes, com atrações naturais e culturais.

Extração de Minérios

  • Maciço de Urucum (Corumbá): A região concentra a extração de minérios, como ferro, manganês e calcário. A mineração tem grande importância para o setor econômico do estado.

Economia Secundária em Mato Grosso do Sul

O setor secundário, composto pela indústria, ainda está em crescimento no estado, mas apresenta importantes atividades que complementam a economia primária.

Indústrias Tradicionais e Modernas

  • Companhia Mate Laranjeira: Fundada em 1882, foi a primeira indústria do estado e marcou o início da industrialização em Mato Grosso do Sul. A extração e beneficiamento da erva-mate e a transformação de carne em charque são exemplos históricos do processo industrial.
  • Saladeiros: Tradicionais na transformação de carne bovina, os saladeiros produziam charque e couro salgado para exportação.

Industrialização Recente

O processo de industrialização no estado é recente, mas já abrange diversos setores:

  • Cimento, Bebidas e Alimentos: Indústrias que produzem materiais de construção, bebidas e alimentos têm uma participação significativa.
  • Madeira Beneficiada e Couro: O beneficiamento de madeira e couro também é relevante para a economia industrial.

Pólos Industriais

  • Campo Grande: É o maior polo econômico e industrial do estado. A capital se destaca na produção de alimentos (farelo, ração, óleo vegetal), roupas, produtos de limpeza, cosméticos, higiene pessoal e produtos sucroalcooleiros.
  • Ponta Porã e Dourados: Essas cidades têm forte atuação na produção de alimentos, curtumes e produtos sucroalcooleiros.
  • Três Lagoas: É um polo industrial com destaque para o beneficiamento de madeira, papel, celulose, olarias e fertilizantes. Três Lagoas é um dos maiores produtores de celulose do Brasil.
  • Bonito, Aquidauana e Terenos: Nessas localidades, há indústrias ligadas a minerais não metálicos, frigoríficos, alimentos e corretivos de solo.
  • Corumbá: Destaca-se na produção de materiais metálicos, alimentos e beneficiamento de cereais, especialmente devido à proximidade com o Pantanal e o Maciço de Urucum.

Considerações Finais A economia de Mato Grosso do Sul é caracterizada por sua forte base agropecuária e pela diversificação recente da indústria. O turismo e a extração mineral também são atividades importantes que contribuem para o crescimento econômico do estado, gerando empregos e impulsionando o desenvolvimento local. Conhecer essas características é fundamental para entender o contexto socioeconômico do estado e para se preparar adequadamente para provas

6. Demografia e Aspectos Sociais

A população de Mato Grosso do Sul é estimada em aproximadamente 2,8 milhões de habitantes, com a maior concentração populacional na capital, Campo Grande, que é o maior centro urbano do estado. O estado apresenta uma densidade demográfica baixa, com uma população distribuída em áreas rurais e urbanas.

  • Diversidade étnica: Mato Grosso do Sul possui uma população heterogênea, com destaque para a presença de índios (especialmente nas regiões de Dourados e no entorno do Pantanal) e imigrantes de diversas partes do Brasil e do exterior, principalmente de países vizinhos como o Paraguai.
  • Índios: O estado abriga várias reservas indígenas, como as de Dourados, Amambai e Terena, e a preservação dessas populações é uma questão de grande relevância, tanto do ponto de vista cultural quanto político.

7. Infraestrutura e Transporte

Mato Grosso do Sul possui uma infraestrutura de transporte que é crucial para o escoamento de sua produção agrícola e mineral. Entre as principais vias de transporte, destacam-se:

  • Rodovias: O estado possui um sistema rodoviário extenso, com destaque para a BR-163 (que liga o estado ao Pará e ao Mato Grosso), a BR-267, e a BR-158.
  • Aeroportos: A capital Campo Grande possui um aeroporto internacional e várias cidades têm aeroportos regionais que facilitam o transporte de cargas e passageiros.
  • Ferrovias: A malha ferroviária também é essencial para o transporte de commodities agrícolas e minerais, com destaque para a Ferrovia Norte-Sul e a Ferrovia Transnordestina, que conectam o estado aos principais portos do Brasil.

8. Questões Ambientais e Conservação

Mato Grosso do Sul enfrenta desafios relacionados ao desmatamento, especialmente no Cerrado e Pantanal, mas também possui uma legislação ambiental que visa à proteção das áreas naturais. O Pantanal é uma das principais áreas de conservação do estado, e a sua preservação é fundamental para a manutenção da biodiversidade global.

9. Solos

Os solos de Mato Grosso do Sul apresentam grande diversidade:

  • Classes de Solo: Foram identificadas 25 classes de solos no estado, com destaque para os latossolos, que são comuns na Bacia do Paraná. Esses solos variam em fertilidade e características físicas
  • Uso do Solo: Aproximadamente 30% da área é considerada terra arável, com a agricultura sendo uma das principais atividades econômicas da região

10 .Vegetação

A vegetação em Mato Grosso do Sul é bastante variada:

  • Pantanal: A flora pantaneira é rica em gramíneas e espécies aquáticas adaptadas ao ambiente alagado
  • Cerrado: Predomina ao leste do estado, caracterizado por árvores de pequeno porte e gramíneas
  • Florestas Tropicais: No sul do estado, encontram-se áreas com vegetação típica das florestas tropicais .

11. Problemas Ecológicos

Mato Grosso do Sul enfrenta desafios ecológicos significativos:

  • Desmatamento e Queimadas: Essas práticas têm impactado negativamente a biodiversidade local e contribuído para a degradação ambiental
  • Poluição Hídrica: A poluição dos rios também representa um problema sério para a saúde dos ecossistemas aquáticos da região

Quais são as principais características do relevo de Mato Grosso do Sul

O relevo de Mato Grosso do Sul é bastante diversificado e apresenta características geológicas e geomorfológicas que refletem a complexidade da região. A seguir, estão as principais características do relevo do estado:

1. Formações Geológicas

  • Unidades Geotectônicas: O relevo é composto por três unidades geotectônicas principais: a plataforma amazônica, o cinturão metamórfico Paraguai-Araguaia e a bacia sedimentar do Paraná. Essas unidades influenciam diretamente a configuração do relevo, com diferentes formações e características geológicas
  • Terrenos Pré-Cambrianos e Fanerozoicos: O estado possui terrenos mais antigos, caracterizados por dobras e falhas, além de terrenos mais recentes da bacia sedimentar que apresentam uma estrutura diferente.

2.  Tipos de relevo

  • Planaltos e Chapadas: A maior parte do estado é formada por planaltos, especialmente na porção leste, onde se destaca o planalto da bacia do Paraná. As altitudes nessa região variam entre 200 e 600 metros
  • Serras: As serras de Maracaju e Bodoquena são as principais formações montanhosas, atuando como divisores de águas entre as bacias do Paraná e Paraguai. Essas serras não apresentam grandes altitudes, com altitudes médias em torno de 1.160 metros para a serra de Urucum
  • Planícies: O Pantanal ocupa uma vasta área no oeste do estado, sendo a maior planície inundável do mundo. As altitudes nessa região variam entre 100 e 200 metros, com inundações periódicas que moldam o ecossistema local.

3.  Aspectos Hidrográficos

  • Bacias Hidrográficas: O relevo é drenado principalmente pelas bacias dos rios Paraná e Paraguai. Os rios Sucuriú, Verde, Pardo e Ivinhema são afluentes importantes do Rio Paraná, enquanto o Taquari, Aquidauana e Miranda são afluentes do Rio Paraguai.
  • Inundações: A planície do Pantanal é sujeita a inundações sazonais que contribuem para a formação de um ecossistema único, caracterizado pela diversidade biológica.

4. Geomorfologia

  • Morrarias e Morros: O estado abriga uma variedade de morrarias (elevações suaves) e morros (elevações mais acentuadas), que são comuns na paisagem pantaneira. Estima-se que existam cerca de 22 morrarias e 200 morros catalogados na região.
  • Escarpas: As escarpas são formações típicas nas bordas dos planaltos, resultantes de processos erosivos que moldaram o relevo ao longo do tempo.

5.  Altitudes da mídia

As altitudes médias em Mato Grosso do Sul variam conforme a região:

  • Planalto da Bacia do Paraná: Altitudes entre 400 e 1.000 metros.
  • Região Pantaneira: Altitudes entre 100 e 200 metros.
  • Serras: Altitude média em torno de 600 metros nas serras da Bodoquena e Maracaju

Principais Formações Montanhosas de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso do Sul apresenta um relevo diversificado, com diversas formações montanhosas que desempenham um papel importante na geografia e ecologia do estado. As principais formações montanhosas incluem:

1. Serra de Maracaju

  • Localização: Situada na região central do estado, a Serra de Maracaju é uma das mais conhecidas formações montanhosas de Mato Grosso do Sul.
  • Características: Com altitudes que variam entre 800 e 1.160 metros, essa serra atua como um divisor de águas entre as bacias dos rios Paraguai e Paraná. É composta por um relevo de escarpas e morros, sendo uma área importante para a biodiversidade local.
  • Importância Ecológica: A serra abriga diversas espécies de flora e fauna, além de ser um ponto turístico devido às suas belezas naturais.

2. Serra da Bodoquena

  • Localização: Localizada no sudoeste do estado, a Serra da Bodoquena se estende por uma região que inclui o Parque Nacional da Serra da Bodoquena.
  • Características: Embora não tenha grandes altitudes, a serra apresenta formações rochosas e cânions, com altitudes em torno de 600 metros. É conhecida por suas cachoeiras e pela rica biodiversidade
  • Ecossistema: A região é rica em vegetação de cerrado e mata atlântica, sendo um habitat para várias espécies endêmicas.

3. Morro do Urucum

  • Localização: Próximo à cidade de Corumbá, o Morro do Urucum é uma elevação isolada que se destaca na paisagem pantaneira.
  • Características: Com aproximadamente 1.160 metros de altitude, é uma das elevações mais altas do estado e oferece vistas panorâmicas da região do Pantanal
  • Importância Cultural e Histórica: O morro possui significância cultural para as comunidades locais e é um ponto turístico popular.

4. Chapadão do Sul

  • Localização: Esta formação está situada na região central do estado, abrangendo áreas de planalto.
  • Características: O chapadão é caracterizado por suas superfícies planas e altitudes que variam entre 600 e 800 metros. É uma área importante para a agricultura e pecuária.
  • Relevo: O chapadão apresenta algumas morrarias e escarpas, mas não possui grandes montanhas como as serras mencionadas anteriormente

O Pantanal

O Pantanal é a maior área contínua de reserva biológica do mundo, ocupando cerca de 240 mil quilômetros quadrados. Suas terras são fertilizadas por nutrientes arrastados pelas águas, o que favorece a formação do maior pasto natural do Brasil. O Pantanal é banhado pelas águas da bacia do rio Paraguai, e sua vegetação, conhecida como “Complexo do Pantanal”, é bastante diversificada, variando conforme o tipo de solo e a presença de inundações. Nas áreas arenosas do Alto Pantanal, predominam espécies típicas do cerrado, além de campos, matas de Carandá, e cordilheiras — formações vegetais densas e resistentes às enchentes. Há também os capões, regiões mais elevadas que não são inundadas, onde animais silvestres e o gado se refugiam durante as cheias.

A região enfrenta desafios ambientais devido à expansão industrial, agropecuária, agrícola e habitacional, que alteram o equilíbrio da planície pantaneira. O despejo de resíduos tóxicos e orgânicos, como metais pesados e lixo, ameaça a fauna e flora locais. O rio Taquari, afetado pela agricultura e pelo desmatamento, sofre com o assoreamento, prejudicando o ecossistema. Outro problema é a caça indiscriminada, especialmente do jacaré, com mais de um milhão de abates anuais, o que preocupa ambientalistas e autoridades.

Aspectos Humanos do Pantanal:

  • A Geografia de Mato Grosso do Sul: Aspectos Relevantes para Provas
  • Kadiwéu: Últimos remanescentes da grande família Mbyá-Guaicuru, um povo semi-nômade da bacia do rio Paraguai. Destacaram-se pela domesticação de cavalos e resistência à colonização espanhola e portuguesa. Seu artesanato é uma característica marcante.
  • Camba: Também chamados de “Campesinos”, são um povo de origem boliviana que vive na periferia de Corumbá, em condições de extrema pobreza.
  • Ofaié Xavante: Originalmente caçadores e pescadores, hoje muitos vivem como subempregados em lavouras no Mato Grosso do Sul.
  • Terena: Parte dos povos ARUAK, com origem na Colômbia e Venezuela, chegaram ao Mato Grosso do Sul pelo rio Negro em busca de terras férteis. Agricultores de índole pacífica, enfrentaram dominação de outras nações guerreiras, resultando em certa descaracterização, mas ainda mantêm elementos culturais que lhes dão coesão. Estão distribuídos em 26 aldeias em municípios como Anastácio, Aquidauana e Miranda.

Histórico dos Povos Indígenas do MS:

No século XVI, o Mato Grosso do Sul era habitado por diversas tribos indígenas. Os Tupi-Guarani dominavam cerca de 40% do território há 200 anos, sendo hábeis agricultores. Após ataques constantes, atualmente ocupam apenas 1% das terras do estado, com parte significativa vivendo em aldeias com limites incertos ou nas margens das cidades. O artesanato tradicional foi bastante alterado.

  • Guató: Canoeiros que dominaram as margens do rio Paraguai e lagoas próximas. Eram caçadores habilidosos e agricultores. Hoje, poucos permanecem na região, vivendo em comunidades isoladas ou em áreas urbanas.
  • Kadiwéu, Camba, Ofaié Xavante e Terena destacam-se com histórias e características únicas, mas enfrentam desafios sociais e econômicos atualmente.

O Pantanal e seus povos representam uma riqueza ambiental e cultural em constante luta pela preservação e reconhecimento.